O fim do ano aproxima-se a uma cadência galopante... Ora, é do senso comum que esta visão sombria do termo de algo, mais que não seja de um simples final de ano, acarreta um sentimento nostálgico e saudoso que dissipa essas mesmas brumas. Assim, nós mesmos nos deixamos subverter, indulgentes e pesarosos, por este estado de alma romântico dessa coisa vaga, comummente chamada de retrospectiva. E à semelhança de Jano, recordando o passado e vislumbrando o futuro, eis-nos, abandonando a nossa idade de mancebos, dispostos a reclamar, firmemente, o nosso estado de emancipação, com a fincada ideia, porém inútil, de contribuir para a construção da ideia portuguesa através desta soberba obra, O Opinador de Veludo, de proporções enfastiantes, embora sumptuosas.
Sem mais delongas, é nosso propósito arremeter com especial voracidade contra tudo o que o nosso espírito, dotado do nosso criativo livre arbítrio, julgar digno de tal empresa. É nossa opinião que os tempos são favoráveis a tais ventos e a fina ironia também reclama da oportunidade que se lhe concede. Para tal, deixemos o espaço às nossas palavras, ásperas e severas, para que elas sibilem e ecoam ferozmente pelas várzeas deste nosso pitoresco Portugal e, embora plasmadas surdamente, que soltem gritos medonhos da mordaça da linha. Para que a palavra escrita sirva de incentivo à acção feita.
1 comentário:
Bem-vindos :) fico atentamente à espera dessas palavras que marcarão, com certeza sabiamente, o mundo da blogosfera ;)
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