Já foi tornado público que o Governo decidiu, de entre todo um leque de feriados disponíveis no nosso calendário civil, extinguir os feriados 5 de Outubro e o 1 de Dezembro. A Santa Sé, por seu turno, prescindiu do feriado móvel do Corpo de Deus e do 15 de Agosto.
Quando soube da notícia, os meus olhos arregalaram-se de espanto, não por ter pensado que eu iria ficar sem 4 dias de dolce fare niente, mas porque o argumento usado para tal abolição foi justamente o de que “é preciso trabalhar mais, para Portugal poder andar para a frente!” (onde é a frente, mesmo?)
Senhores, pergunto, mas onde é que está o trabalho? Se as empresas declaram insolvência, se o número de desempregados aumenta assustadoramente e se não há procura para tamanha oferta, como é que os portugueses poderão trabalhar mais?
A um desempregado deve fazer uma diferença inestimável que um dia deixe de ser feriado, para ser tido como dia de laboração… E a quem trabalha todos os dias, de sol a sol, incluindo todos os feriados santos e menos santos, também deve fazer uma diferença considerável…
Enfim, eu só tenho mesmo pena de deixar de poder ir a duas Missas para ir trabalhar!
A vida está má, está! Até para os marqueses!
Sem comentários:
Enviar um comentário