Veio a público a notícia de que alegadamente terão sido apanhados a copiar no teste de Investigação Criminal e Gestão de Inquérito os auditores de Justiça (futuros procuradores do Ministério Público e magistrados judiciais) que se encontram neste momento a frequentar o curso de formação do Centro de Estudos Judiciários.
Quem trouxe este assunto a público, ainda não se sabe. Mas sabe-se que a história do copianço extrapolou os seus contornos e está a ser aproveitada da pior forma possível para, mais uma vez, tentar fazer desacreditar a justiça e os agentes judiciários.
Ao longo do período de formação dos auditores de justiça (9 meses) no CEJ, muitos são os exames que terão de ser feitos para que eles consigam concluir a sua formação. Este foi mais um dos testes, desta vez do tipo americano ou com cruzes, se preferirem. Aquando da sua correcção, os examinadores verificaram que existiam perguntas em que quase todos erraram, tendo escolhido a mesma opção incorrecta. Face à incredulidade de se poder estar perante uma pura coincidência, e tudo apontando para um mais que provável copianço, o Conselho Pedagógico do CEJ, decidiu atribuir a todos os 137 examinandos uma mesma classificação de 10 valores.
Foi nesta altura que a notícia veio a público e, após tantos Opinadores emitirem as suas declarações a propósito e a despropósito sobre o assunto, o Conselho Pedagógico decidiu fazer repetir o referido teste, deliberando ainda anular a classificação anterior de 10 valores, não sem antes esclarecer que seria abandonado como método de avaliação o teste tipo americano.
A Directora do CEJ acabou mesmo, perante tamanha exposição mediática da instituição a que presidia, por pedir a sua demissão do CEJ, tendo sido tal pedido aceite pela actual Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.
Não deixo, a ser mesmo verdade, de condenar tal atitude de futuros titulares de um dos mais importantes órgãos de soberania do nosso país, sendo tal comportamento (a ser realmente verdade, ressalvo sempre!) lamentável e totalmente desprestigiante, não só para a classe dos magistrados em si, mas também para toda a Justiça portuguesa. Todavia, não consigo deixar de colocar algumas questões muito indiciadoras de toda esta situação:
1)Se nos exames nacionais, em questões do tipo americano, existe mais do que uma versão do mesmo exame, com as mesmíssimas questões, embora ordenadas de modo diferente, porque é que não se fez o mesmo neste teste do CEJ?
2)Se em todos os exames existem vigilantes para efeitos de controlo da realização do exame, onde é que eles se encontravam neste teste?
3)Como é que se pode afirmar de modo tão seguro que TODOS os 137 auditores de justiça que realizaram tal prova copiaram quando, por fonte segura, sei que existiram respostas iguais em provas de alunos que se encontravam numa das salas do 1.º andar e em provas de alunos que estavam numa sala dois andares acima? Terá sido copianço por telepatia?
4)Acima de tudo, será que era realmente necessária tanta especulação e alarido em redor do assunto, mormente numa altura em que o país precisa de estabilidade e de reforço da confiança nos seus órgãos de soberania? Uma coisa é noticiar, outra é aproveitar a deixa para azucrinar e espezinhar a Justiça portuguesa!
Caríssimos, não sejam assim tão ingénuos! Mesmo que estes magistrados, no pior dos cenários, tenham copiado, tal não significa que TODOS os magistrados actualmente em funções nos nossos tribunais o tenham feito. Como é possível tomar o todo pela parte?
A vida está má, está! Até para os marqueses!
Quem trouxe este assunto a público, ainda não se sabe. Mas sabe-se que a história do copianço extrapolou os seus contornos e está a ser aproveitada da pior forma possível para, mais uma vez, tentar fazer desacreditar a justiça e os agentes judiciários.
Ao longo do período de formação dos auditores de justiça (9 meses) no CEJ, muitos são os exames que terão de ser feitos para que eles consigam concluir a sua formação. Este foi mais um dos testes, desta vez do tipo americano ou com cruzes, se preferirem. Aquando da sua correcção, os examinadores verificaram que existiam perguntas em que quase todos erraram, tendo escolhido a mesma opção incorrecta. Face à incredulidade de se poder estar perante uma pura coincidência, e tudo apontando para um mais que provável copianço, o Conselho Pedagógico do CEJ, decidiu atribuir a todos os 137 examinandos uma mesma classificação de 10 valores.
Foi nesta altura que a notícia veio a público e, após tantos Opinadores emitirem as suas declarações a propósito e a despropósito sobre o assunto, o Conselho Pedagógico decidiu fazer repetir o referido teste, deliberando ainda anular a classificação anterior de 10 valores, não sem antes esclarecer que seria abandonado como método de avaliação o teste tipo americano.
A Directora do CEJ acabou mesmo, perante tamanha exposição mediática da instituição a que presidia, por pedir a sua demissão do CEJ, tendo sido tal pedido aceite pela actual Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.
Não deixo, a ser mesmo verdade, de condenar tal atitude de futuros titulares de um dos mais importantes órgãos de soberania do nosso país, sendo tal comportamento (a ser realmente verdade, ressalvo sempre!) lamentável e totalmente desprestigiante, não só para a classe dos magistrados em si, mas também para toda a Justiça portuguesa. Todavia, não consigo deixar de colocar algumas questões muito indiciadoras de toda esta situação:
1)Se nos exames nacionais, em questões do tipo americano, existe mais do que uma versão do mesmo exame, com as mesmíssimas questões, embora ordenadas de modo diferente, porque é que não se fez o mesmo neste teste do CEJ?
2)Se em todos os exames existem vigilantes para efeitos de controlo da realização do exame, onde é que eles se encontravam neste teste?
3)Como é que se pode afirmar de modo tão seguro que TODOS os 137 auditores de justiça que realizaram tal prova copiaram quando, por fonte segura, sei que existiram respostas iguais em provas de alunos que se encontravam numa das salas do 1.º andar e em provas de alunos que estavam numa sala dois andares acima? Terá sido copianço por telepatia?
4)Acima de tudo, será que era realmente necessária tanta especulação e alarido em redor do assunto, mormente numa altura em que o país precisa de estabilidade e de reforço da confiança nos seus órgãos de soberania? Uma coisa é noticiar, outra é aproveitar a deixa para azucrinar e espezinhar a Justiça portuguesa!
Caríssimos, não sejam assim tão ingénuos! Mesmo que estes magistrados, no pior dos cenários, tenham copiado, tal não significa que TODOS os magistrados actualmente em funções nos nossos tribunais o tenham feito. Como é possível tomar o todo pela parte?
A vida está má, está! Até para os marqueses!
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