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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Popularices

Junho, entre muitas outras coisas, é o mês das Popularices. É quando o tempo ajuda a que o povo saia à rua para confraternizar, fazer churrascos e assar sardinhas, beber uns copitos e umas cervejas, esquecer a crise e festejar os Santos Populares. É tempo de Santo António, São Pedro, São João...basicamente, santos em geral.
Ora, como sempre atentos ao panorama social português, decidimos esta semana debruçarmo-nos sobre a arte do popularuxo que o nosso povo tão habilmente defende.

Leticia, a Marquesa

Todos nós, na qualidade de portugueses de gema, adoramos a nossa música popular portuguesa. Quem é que nunca dançou o maior hit de sempre numa qualquer pista de dança nas festas da aldeola?



M. Pompadour

Não haverá nada mais fiel à arte do popular, do que as respectivas marchas que todos os santos anos nos entopem a pupila sem sequer termos tempo de as evitar.



Lord Nelson

Como o leitor decerto saberá, este ilustre painel opinativo tem muito pouco de plebeu... Daí que tenhamos tido imensa dificuldade em falar sobre popularices (isto, apesar de sermos todos super amigos dos pobrezinhos). Como estamos em época de santinhos e crenças deixamos aqui uma amostra do imaginário cultural do povinho.



Carlos Jorge Mendes

Nós cá não gostamos das festas populares não porque sejamos snobs, não porque sejamos ferozes ateus, mas simplesmente porque somos homens. Basta olhar, caro leitor, para as recentes festas em Lisboa, em homenagem ao Santo António: desde quando é que uma marcha daquelas pode agradar a um homem? E não me venham dizer que a recusa em celebrarem-se casamentos gays serve de desculpa! Enquanto em Portugal andam as mulheres a desfilar em saiotes e com xailes enrolados ao pescoço, andam as brasileiras no Carnaval aí todas descacadas para gáudio dos homens...e das receitas do turismo...É necessário repensar o modelo de desenvolvimento português...Menos festas populares e menos melhores de saiote; mais festas carnavalescas e mais mulheres despidas.

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