Pois foi ontem. 24 aninhos. Digo à minha avó que já conta com o triplo da minha idade que estou a ficar velha e ela, com aquele sábio e maravilhoso sorriso, pergunta-me: "Estás a brincar comigo, rapariga, não estás?".
Tenho a certeza que alguém anda a adiantar o relógio, mas como não vislumbro quem seja, não posso andar a imputar responsabilidades a ninguém nem sequer a equacionar indemnizações por danos extrancontratuais. Desde que atingi a maioridade, os dias parecem horas e as semanas sucedem-se a uma velocidade de anos-luz ou parsecs que não consigo conceber. Então já nem sequer falo do tempo que passa (ainda) mais depressa desde que comecei a trabalhar. Enfim...
Tenho este medo (in) explicável de não viver cada minuto da minha vida de forma a aproveitar o melhor possível cada instante que passa. Ontem, em conversa com uma amiga do coração, ela dizia-me: "Sabes, também tenho esse medo, mas sabes o que comecei a fazer? Deixei de pensar nesse medo e passei pura e simplesmente a viver".
Talvez seja mesmo assim, querida C. Entre escritório-casa, casa-escritório, família-ele-amigos, ele-amigos-família, passou-se mais um ano. Um ano de muitas mudanças, um ano em que deixei de fazer rascunhos a lápis para passar a escrever com caneta, como gente grande.
Hoje, que já recomeço a contagem para os 25, foi um daqueles dias memoráveis, um prolongamento do de ontem, com direito a paisagens maravilhosas e a momentos inesquecíveis com quem trago no coração, no corpo e na alma. Porque, como dizia a minha querida C., o que importa mesmo é viver! E eu apenas acrescento, "viver encantadamente".
1 comentário:
mais uma vez parabéns cara dra. viver como tu também eu queria... ó se queria... andas a contar os dias para eu te chamar mestre?
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