A mais bela, a mais pura e a mais duradoura glória literária de prosa da blogosfera

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O Re-achamento do Brasiu

Começo por um esclarecimento: não tenho comentado, nem vou comentar situações relacionadas com processos pendentes. Não porque o não queira ou porque não tenha opinião, mas porque estou legalmente impedido de o fazer (a quem interessar: artigo 88.º e 107.º n.º1 c) da Lei n.º 15/2005 de 26 de Janeiro).
Respondo assim aos pedidos para me pronunciar sobre uns certos casos mediáticos - que se está bem a ver quais são.

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Quanto ao post:

Na edição do londrino The Times, a nossa piolheira volta a ser notícia (http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/europe/article7026269.ece).
Segundo parece, estamos a redescobrir a nossa vocação atlântica, procurando no Brasil forma de sairmos desta bonita situação em que nos encontramos. É certo e sabido que a nossa dívida externa está a atingir níveis alarmantes. Já longe vai o tempo em que nos mantínhamos dentro dos 60% do PIB, imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento…
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Essa bonita nação tropical já foi a tábua da salvação da “terrinha” e pode bem voltar a sê-lo. Foi o que pensou o Opinador, tendo assim delineado um plano para salvar a Nação – enquanto se empanturrava de doces conventuais – e partilha agora aqui o seu já delineado plano para voltarmos ao tempo das vacas gordas:

  1. Deixamos de cumprir as nossas obrigações, e quando vier alguém para nos notificar, fazemos como passou recentemente na televisão: mandamos um segurança dizer que não estamos;
  2. Enquanto frustramos a tentativa de notificação, atulhamos os nossos dois novos submarinos com a papelada da Biblioteca Nacional e da Torre do Tombo e com os tarecos do Palácio de Queluz e rumamos para esse “país tropical, abençoado por Deus e pela natureza”;
  3. Mantemo-nos duas décadas nos trópicos, a sol e caipirinhas, explorando novamente a nossa Ex-Colónia.
  4. Ao fim deste tempo, depois de prescrita a nossa dívida, alguém dá um grito (pode ser em Ipiranga ou noutro sítio qualquer), voltamos a meter a papelada da Biblioteca Nacional e da Torre do Tombo e os tarecos que ainda não estiverem partidos e voltamos ao nosso país, ou sítio, para um fresh start.

Sim, o Opinador admite ter roubado a ideia a D. João VI, que se pirou para o Brasil quando a crise apertou. Ora bem, a crise está a apertar e este plano tem duas óbvias vantagens: por um lado, permite ao nosso país sair do lodo no médio prazo, por outro permite que o pessoal comemore o Carnaval de uma forma mais quente. Por isso, não é altura para ter vergonha de plágios!


O Sr. Vítor Constâncio parece que vai para vice do BCE, pelo que não está convidado. O Sr. Sócrates só vai se prometer que se porta bem e não volta a dizer mentiras…

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Convido também a Espanha, a Itália e a Grécia (que estão em situação igual ou pior que a nossa) a se juntarem a nós, até porque o Brasil é grande e cabemos lá todos. Podíamos até criar um novo grupo – os PIGS (Portugal, Italia, Greece and Spain).
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E agora, aproveitem que vão ao armário buscar a roupa de matrafonas e comecem já a fazer a mala… Eu este carnaval vou de polvo!

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Termino com uma citação que li e gostei mas não sei do que se trata: “É muito difícil manter um mentiroso como primeiro-ministro”. (Marcelo Rebelo de Sousa no jornal “i” de 15.02.2010)
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Bons Carnavais! E juízo que não tarda estamos na Quaresma…

3 comentários:

Helena disse...

Ahah... parece que alguém andou a estudar deontologia x)

Nelson disse...

Pois tem que ser... E recomendo a leitura! :)
Agora é sempre no cumprimento da Lei.

Nelson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.