No passado dia 9 de Fevereiro foi com surpresa que n’ Opinador ouvimos Paulo Rangel denunciar no Parlamento Europeu a existência de um plano do Governo para controlar os meios de comunicação social, pondo em causa a liberdade de expressão.
Tais afirmações, a nosso ver um pouco exageradas, foram feitas num fórum onde podem ter causado mais danos que benefícios ao nosso país. Tais declarações colocam em causa a boa imagem de Portugal na Europa, aproximando-nos da qualidade democrática de uma Venezuela. Estranhamos tal afirmação mas passamos à frente.
Ontem (dia 10) às 20h30, Paulo Rangel apresentou a sua candidatura a líder do PSD. Foi aqui que deixamos de estranhar aquelas afirmações. Não podemos deixar de notar a triste coincidência entre a prolação daquelas afirmações e o subsequente anúncio. Poderá ter sido apenas coincidência? Ou o eurodeputado aproveitou a sua tribuna para a sua agenda pessoal, colocando a imagem de Portugal atrás dos seus interesses? Queremos acreditar na primeira…
Afinal não foram intrigas as notícias veiculadas há duas semanas que o punham na corrida… Também aqui andou mal o novo candidato. Disse que iria esperar pelo Congresso do próximo dia 12 para discutir lideranças… Leia mais aqui.
Este anúncio também soa a nervosismo, pois desta forma adianta-se à discussão orçamental e ao Congresso marco temporal para os eventuais e hesitantes candidatos da linha actual anunciarem as suas candidaturas. Algo que era desnecessário pois trata-se do candidato mais bem posicionado para vencer.
Desta forma sai fragilizada a posição de Aguiar Branco – este avançando poderá dividir o eleitorado laranja, viabilizando a eleição de Passos Coelho? Aquele falará aos deputados laranjas na sexta-feira e com certeza não será para discutir fatos de carnaval. Muito possivelmente avançará.
Assim, chega o PSD ao carnaval com 3 candidatos: Passos Coelho, Rangel e Aguiar Branco. Não há fome que não dê em fartura…
Este vosso amigo revela ainda não ter uma preferência definida, esperando apenas que o escrutínio eleitoral tenha características terapêuticas para o fragilizado partido, podendo assim assumir o seu papel como líder da Oposição, contribuindo de forma positiva para a evolução do nosso país. O partido, desde os militantes de base aos “barões” mais influentes deverá unir-se em torno do vencedor, pois esta será a única forma de se mostrar ao povo como uma séria alternativa de governação.
Este vosso amigo gostaria de ter abordado a situação política na Ucrânia, mas ao fazê-lo arriscava-se a que o Dr. Carlos deixasse as poesias e nos caísse em cima, acusando-nos de nos furtarmos a esta temática… Contingências da vida.
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