A mais bela, a mais pura e a mais duradoura glória literária de prosa da blogosfera

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Today is for the men

Minhas amigas, (sim, desta vez é para elas que a minha atenção será dedicada) como mulher heterossexual que sou, padeço dessa mesma doença da qual a grande maioria de vocês sofre: gostar do sexo oposto. Mas para além de gostar dos homens, nós, enquanto seres complexos e determinados, queremos sempre percebê-los quando, na maioria dos casos, não há nada para perceber.

Quantas de nós, em conversa de café, não desabafou com a amiga e recebeu em troca um: “O meu namorado fez exactamente o mesmo!”? Ou mesmo em conversa com a mãe, quantas de nós não ouviram já um: “O teu pai era tal e qual…!”. Pois é, para mim isto pouco mais significa do que a confirmação daquela enorme máxima de que os homens são, de facto, todos iguais. Podem sentir de forma diferente, ser mais ou menos sensíveis, mais ou menos criativos, mas a verdade é que no fim de contas acabam por agir todos da mesma forma.

É verdade que no início é tudo maravilhoso, encantam-nos cheios de charme e dedicação, fazem-nos suspirar com tiradas simpáticas e românticas e nós, apaixonadas e líricas derretemo-nos de felicidade. Passados aqueles primeiro e segundo mês da conquista tudo se torna menos brilhante e sim, todas temos a sensação de que ele já foi mais empenhado, prestava-nos uma atenção diferente, era mais entusiasta… Até que entra em cena aquele fantasma chamado: rotina. E é nessa altura que achamos que tudo está a ganhar a forma de uma casamento desenrolado em casas separadas, com horários para sms e encontros de fim-de-semana. Resta então a tentação de os compreendermos, questionar o por quê do aparente desinteresse e ausência de vontade de fazer coisas originais, tornamo-nos exigentes e frustradas e, se eles não correspondem e tentam apenas levar a melhor, a relação definha até ao inevitável fim.

Poderia, eventualmente, fazer dezenas de piadas acerca dos homens, caricaturar as infelizes saídas e excesso de confiança que por vezes demonstram, apontar-lhes o dedo à simplicidade dos gestos e fraca inspiração para corresponderem ao nosso ideal de príncipe encantado, sempre pronto a surpreender e deixar-nos arrebatadas... Mas vivemos em pleno século XXI, as convicções são outras e, porque alguém decidiu um dia abrir a boca e gritar a plenos pulmões que as mulheres são independentes e emancipadas, os homens tendem a ver-nos como iguais, sem necessidade de tratamento VIP.

Tudo isto para esclarecer algumas dúvidas com que podem estar neste momento a debater-se. Caríssimas amigas, passados que são os primeiros meses de uma relação os homens são como as revistas das salas de espera do salão de beleza: já as vimos todas, por isso comecem a mentalizar-se, se uma das vossas conhecidas tem um namorado fora da regra, super excepcional, algum dia acabará por se revelar, não há volta a dar. Temos de aprender a lidar com este novo tipo de homem e, se não consegues vencê-lo, junta-te a ele.

3 comentários:

Street Fighting Man disse...

sem querer entrar em competições: nós, os homens heterossexuais, não poucas vezes, quando trocamos opiniões com outros homens sobre namoradas, apaixonadas e afins, também concluímos o mesmo velho ditado: as mulheres são todas iguais :P

Nuno disse...

Sinceramente discordo. Não é defender os homens em demasia, mas não me parece que o panorama seja esse.
Não quero dizer com isto que são todos fantásticos e quase exemplares, mas há casos desses sim, no que diz respeito ao saber tratar a mulher e manter uma boa relação.
Por outro lado, sou da opinião que as mulheres, no geral, são pessoas mais íntegras, mais completas, mas não critico em demasia os homens no geral.
E uma pergunta: "alguém decidiu um dia abrir a boca e gritar a plenos pulmões que as mulheres são independentes e emancipadas, os homens tendem a ver-nos como iguais, sem necessidade de tratamento VIP" - então não era isso que querias? Podemos sempre voltar ao século XIX e anteriores...
Boa Páscoa para todos

M. Pompadour disse...

Faço questão de realçar que, aquilo a que me refiro quando falo da emancipação feminina prende-se sobretudo com o facto de, fora todas as inquestionáveis e imprescindíveis vantagens que isso trouxe a todos os níveis para a evolução da posição da mulher na sociedade, ter influenciado grandemente a mudança de postura do homem face ao romantismo. Simplesmente isso.