A CGTP pretende aumentos salariais para a função pública de 3,5%. Justificam este aumento com a subida da inflação (prevista em 2% para 2011) e da produtividade média na economia (1,4%) e com uma descida – a do poder de compra dos funcionários públicos nos anos anteriores. A CGTP aponta o aumento da inflação e da produtividade média na economia, mas e então o definhamento da indústria, o prosperar das insolvências, o fenecer do comércio, o galopante défice público, a monstruosa dívida pública? Já incrédulos com as reivindicações salariais de 3,5%, mais estupefactos ficamos quando a CGTP enumera o seguinte motivo – o agravamento dos impostos sobre pessoas singulares. Ora, se eles são aumentados precisamente para fazer face a períodos de desequilíbrio financeiro pelo Estado, porque iria o governo arrecadar maior receita fiscal através dos impostos e depois fazer a acção exactamente oposta e perder essa mesma receita pelo aumento da despesa pública, traduzido no aumento dos salários da função pública? Não vos parece algo…digamos…estúpido, CGTP? A nós parece-nos. Não havendo um regime monarquia neste país, a CGTP reserva-se, assim, ao papel de bobo do Reino.
O Estado português no primeiro semestre de 2010 não só não conseguiu controlar a despesa pública – não falamos já na proeza heróica de a reduzir -, como a conseguiu agravar na ordem dos 6%! E a CGTP, airosa e fresca, pensa em aumentos salariais de 3,5% da função pública que é precisamente a fonte de maiores encargos do Estado? Decoro CGTP! Haja decoro! Haja decência! A função pública no OE para 2010 viu os seus salários congelados e não reduzidos; resistiu, inclusive, à turbulência do PEC que abalou muitos portugueses, mas deixou incólume a função pública. A Grécia, a Espanha, a Irlanda e a Itália, enfrentando os exactos problemas que Portugal – o descontrolo do défice público – todos sem excepção, reduziram o salário dos seus funcionários públicos. Apenas Portugal evitou essa maçada.
A CGTP, central sindical afecta ao PCP precisa de se civilizacionar – precisa de sair do seu casulo bafiento de 1917 e saltar para 2010. A CGTP precisa de defender os interesses dos trabalhadores tendo em conta as limitações económicas do País – a CGTP não pode de boa-fé achar que a função pública constitui uma casta privilegiada alheia à conjuntura do País. A CGTP não pode ser um braço armado do PCP cuja missão é apenas hostilizar a acção governativa e frustrar as concertações sociais. Obviamente que os trabalhadores da função pública gostariam de ter aumentos de 3,5%; por outro lado, os mesmos trabalhadores não gostam de ver o Estado constantemente saquear a sua algibeira com sucessivas aumentos de impostos para fazer face ao descalabro do porquinho público, carenciado de moedinhas. A honestidade intelectual diz-nos que as duas coisas não são conciliáveis. Sejam pois honestamente intelectuais, CGTP. Por favor?
Os sindicatos vão sendo um dos motivos para o definhamento de Portugal – são sindicatos reivindicativos e não negociantes. São um instrumento da política partidária e não do interesse dos trablhadores. São um agente de instigação contra os interesses da nação e não um catalisador das suas forças vivas. Esta intransigência ditatorial conjugada com a cobardia e a inépcia política para promover as leis necessárias ao interesse público e não ao interesse de alguns explicam, em grande parte, a deplorável situação portuguesa na primeira década do século XXI. O político português médio mais do que incompetente, é um cobarde – preso ao interesse da teia governativa, definindo a agenda política tendo em vista o próximo acto eleitoral de forma a assegurar uma reeleiçãozinha, e não promovendo o interesse a curto, médio e longo prazo do País.
O Estado português no primeiro semestre de 2010 não só não conseguiu controlar a despesa pública – não falamos já na proeza heróica de a reduzir -, como a conseguiu agravar na ordem dos 6%! E a CGTP, airosa e fresca, pensa em aumentos salariais de 3,5% da função pública que é precisamente a fonte de maiores encargos do Estado? Decoro CGTP! Haja decoro! Haja decência! A função pública no OE para 2010 viu os seus salários congelados e não reduzidos; resistiu, inclusive, à turbulência do PEC que abalou muitos portugueses, mas deixou incólume a função pública. A Grécia, a Espanha, a Irlanda e a Itália, enfrentando os exactos problemas que Portugal – o descontrolo do défice público – todos sem excepção, reduziram o salário dos seus funcionários públicos. Apenas Portugal evitou essa maçada.
A CGTP, central sindical afecta ao PCP precisa de se civilizacionar – precisa de sair do seu casulo bafiento de 1917 e saltar para 2010. A CGTP precisa de defender os interesses dos trabalhadores tendo em conta as limitações económicas do País – a CGTP não pode de boa-fé achar que a função pública constitui uma casta privilegiada alheia à conjuntura do País. A CGTP não pode ser um braço armado do PCP cuja missão é apenas hostilizar a acção governativa e frustrar as concertações sociais. Obviamente que os trabalhadores da função pública gostariam de ter aumentos de 3,5%; por outro lado, os mesmos trabalhadores não gostam de ver o Estado constantemente saquear a sua algibeira com sucessivas aumentos de impostos para fazer face ao descalabro do porquinho público, carenciado de moedinhas. A honestidade intelectual diz-nos que as duas coisas não são conciliáveis. Sejam pois honestamente intelectuais, CGTP. Por favor?
Os sindicatos vão sendo um dos motivos para o definhamento de Portugal – são sindicatos reivindicativos e não negociantes. São um instrumento da política partidária e não do interesse dos trablhadores. São um agente de instigação contra os interesses da nação e não um catalisador das suas forças vivas. Esta intransigência ditatorial conjugada com a cobardia e a inépcia política para promover as leis necessárias ao interesse público e não ao interesse de alguns explicam, em grande parte, a deplorável situação portuguesa na primeira década do século XXI. O político português médio mais do que incompetente, é um cobarde – preso ao interesse da teia governativa, definindo a agenda política tendo em vista o próximo acto eleitoral de forma a assegurar uma reeleiçãozinha, e não promovendo o interesse a curto, médio e longo prazo do País.
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