No dia de hoje iremos dedicar a nossa atenção ao clássico de amanhã: ao Porto v. Benfica. Primeiramente, a declaração de interesses: somos orgulhosamente benfiquistas. Assim, iremos efectuar uma antevisão ao jogo de amanhã tendo em conta os nossos interesses: o Benfica.
Ora bem, desde o início da época tivemos já a ocasião de verificar que este Benfica não é o Benfica do ano passado – não só em termos de resultados, como também de qualidade exibicional. A verdade é que as saídas de Ramires e Dí Maria provocaram maiores estragos do que se pensava, sobretudo porque essas saídas não foram devidamente acauteladas para que os impactos não se sintam no curto prazo. Para o lugar de Dí Maria chegou Gaitán, já contratado com a época passada a caminhar para p seu término. Aqui poderia dizer-se que se tratou de uma contratação atempada tendo em vista uma futura transferência de Dí Maria, mas os efeitos deste planeamento prévio não se estão a fazer sentir no imediato. Gaitán é, com efeito, um jogador diferente de Dí Maria – é um jogador mais interior e não tanto de flanco. Isto faz toda a diferença: na época passada, o jogo em profundidade pelas alas do Benfica era carreado pelo lado esquerdo. Sem Dí Maria, apenas resta Fábio Coentrão e não é fruto do acaso a sua influência no futebol do Benfica, mesmo tendo em conta que se trata de um lateral esquerdo. Gaitán parece-me, de facto, um óptimo jogador mas que necessita de tempo para se adaptar ao futebol europeu e, principalmente, à nova posição táctica que lhe é pedida no futebol do Benfica.
Mas se a saída de Dí Maria foi acautelada atempadamente, a saída de Ramires certamente não o foi. É verdade que chegou Salvio, mas chegou tardiamente e já perto do período final de inscrições. Na minha opinião, é no lado direito do meio-campo que o Benfica tem sentido maiores problemas. Ramires é um jogador único – tem técnica, tem drible, tem velocidade, o que fazem dele um jogador de grande relevância no plano ofensivo. Mas Ramires era também um auxílio fundamental de Javi Garcia pelo seu pulmão inesgotável. A opção inicial de Jorge Jesus foi deslocar Carlos Martins para essa posição – mas o Benfica perde com isso. Na verdade, Carlos Martins tem uma tremenda qualidade de passe, mas não tem velocidade nem dá profundidade ao flanco. É um jogador talhado para o centro do terreno e não para as alas. Por isso, considero que Salvio poderá ser muito importante ao Benfica porque é um verdadeiro ala que poderá dar profundidade ao flanco direito e dinamizar o jogo ofensivo do Benfica – até porque Salvio é muito mais extremo do que Gaitán que, teimosamente, procura sempre o jogo pelas zonas interiores. Vimos isso no jogo de terça com o Lyon em que Salvio foi um dos grandes responsáveis pela excelente exibição do Benfica e um dos poucos jogos em que o lado direito e o lado esquerdo do ataque foram equilibradamente dinâmicos no aspecto ofensivo. Aliás, à quebra física de Salvio esteve também associada a quebra exibicional do Benfica. Mas isto levanta um problema: Salvio é um jogador marcadamente ofensivo e, naturalmente, apresenta maiores problemas no defensivo – ou seja, a inclusão de Salvio no lado direito e de Gaitán no flanco esquerdo pode colocar problemas de equilíbrios defensivos. Para que haja maior equilíbrio defensivo, o número 10, seja ele Carlos Martins ou Aimar, terá de compensar mais defensivamente.
Estas duas saídas de Ramires e Dí Maria cujo impacto não foi ainda totalmente absorvido, justificam, em grande parte, o começo titubeante do Benfica. Se a isto adicionarmos o inferior rendimento de Saviola, Javi Garcia, David Luiz e Maxi Pereira em relação à época passada – teremos juntos todos os aspectos que explicam o arranque de época menos bem sucedido do Benfica.
Mas o Benfica tem evoluído consistentemente: vem de uma vitória moralizadora para a Champions contra o Lyon, cujos últimos vinte minutos de jogo não ofuscam os restantes setenta minutos brilhantes que o Benfica realizou. Estamos, portanto, confiantes para o jogo de amanhã, apesar de reconhecermos que o Porto tem feito um excelente começo de época – os seus resultados são apenas a concretização das suas boas exibições. Creio, no entanto, que o Benfica deve apenas preocupar-se consigo e em voltar aos patamares da temporada passada. Nesse aspecto, o Benfica está cada vez melhor como se viu na terça-feira – basta agora que mantenha essa consistência de uma forma mais regular.
Ora bem, desde o início da época tivemos já a ocasião de verificar que este Benfica não é o Benfica do ano passado – não só em termos de resultados, como também de qualidade exibicional. A verdade é que as saídas de Ramires e Dí Maria provocaram maiores estragos do que se pensava, sobretudo porque essas saídas não foram devidamente acauteladas para que os impactos não se sintam no curto prazo. Para o lugar de Dí Maria chegou Gaitán, já contratado com a época passada a caminhar para p seu término. Aqui poderia dizer-se que se tratou de uma contratação atempada tendo em vista uma futura transferência de Dí Maria, mas os efeitos deste planeamento prévio não se estão a fazer sentir no imediato. Gaitán é, com efeito, um jogador diferente de Dí Maria – é um jogador mais interior e não tanto de flanco. Isto faz toda a diferença: na época passada, o jogo em profundidade pelas alas do Benfica era carreado pelo lado esquerdo. Sem Dí Maria, apenas resta Fábio Coentrão e não é fruto do acaso a sua influência no futebol do Benfica, mesmo tendo em conta que se trata de um lateral esquerdo. Gaitán parece-me, de facto, um óptimo jogador mas que necessita de tempo para se adaptar ao futebol europeu e, principalmente, à nova posição táctica que lhe é pedida no futebol do Benfica.
Mas se a saída de Dí Maria foi acautelada atempadamente, a saída de Ramires certamente não o foi. É verdade que chegou Salvio, mas chegou tardiamente e já perto do período final de inscrições. Na minha opinião, é no lado direito do meio-campo que o Benfica tem sentido maiores problemas. Ramires é um jogador único – tem técnica, tem drible, tem velocidade, o que fazem dele um jogador de grande relevância no plano ofensivo. Mas Ramires era também um auxílio fundamental de Javi Garcia pelo seu pulmão inesgotável. A opção inicial de Jorge Jesus foi deslocar Carlos Martins para essa posição – mas o Benfica perde com isso. Na verdade, Carlos Martins tem uma tremenda qualidade de passe, mas não tem velocidade nem dá profundidade ao flanco. É um jogador talhado para o centro do terreno e não para as alas. Por isso, considero que Salvio poderá ser muito importante ao Benfica porque é um verdadeiro ala que poderá dar profundidade ao flanco direito e dinamizar o jogo ofensivo do Benfica – até porque Salvio é muito mais extremo do que Gaitán que, teimosamente, procura sempre o jogo pelas zonas interiores. Vimos isso no jogo de terça com o Lyon em que Salvio foi um dos grandes responsáveis pela excelente exibição do Benfica e um dos poucos jogos em que o lado direito e o lado esquerdo do ataque foram equilibradamente dinâmicos no aspecto ofensivo. Aliás, à quebra física de Salvio esteve também associada a quebra exibicional do Benfica. Mas isto levanta um problema: Salvio é um jogador marcadamente ofensivo e, naturalmente, apresenta maiores problemas no defensivo – ou seja, a inclusão de Salvio no lado direito e de Gaitán no flanco esquerdo pode colocar problemas de equilíbrios defensivos. Para que haja maior equilíbrio defensivo, o número 10, seja ele Carlos Martins ou Aimar, terá de compensar mais defensivamente.
Estas duas saídas de Ramires e Dí Maria cujo impacto não foi ainda totalmente absorvido, justificam, em grande parte, o começo titubeante do Benfica. Se a isto adicionarmos o inferior rendimento de Saviola, Javi Garcia, David Luiz e Maxi Pereira em relação à época passada – teremos juntos todos os aspectos que explicam o arranque de época menos bem sucedido do Benfica.
Mas o Benfica tem evoluído consistentemente: vem de uma vitória moralizadora para a Champions contra o Lyon, cujos últimos vinte minutos de jogo não ofuscam os restantes setenta minutos brilhantes que o Benfica realizou. Estamos, portanto, confiantes para o jogo de amanhã, apesar de reconhecermos que o Porto tem feito um excelente começo de época – os seus resultados são apenas a concretização das suas boas exibições. Creio, no entanto, que o Benfica deve apenas preocupar-se consigo e em voltar aos patamares da temporada passada. Nesse aspecto, o Benfica está cada vez melhor como se viu na terça-feira – basta agora que mantenha essa consistência de uma forma mais regular.
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