A mais bela, a mais pura e a mais duradoura glória literária de prosa da blogosfera

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Iémen






Pois parece que o OE para 2011 está encaminhado e o povo esta novamente sereno, dedicando-se a ver as suas novelas e reality shows. N’ Opinador aproveitámos a acalmia nacional para nos voltarmos para os assuntos internacionais, matéria que nos é tão querida.
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No presente post queríamos chamar a atenção do leitor para um pequeno país localizado no sudoeste da península arábica, uma área tão problemática que basta referir o nome dos Estados vizinhos: Arábia Saudita ao norte, Somália a Oeste.
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Este pequeno Estado tem conhecido nos últimos anos uma crescente radicalização da sua política e é, neste ano da Graça de 2010, uma das principais sedes da Al-Qaeda no médio oriente.

Tal ligação é cada vez mais perceptível: a última tentativa de matar alguns infiéis verificou-se no Reino Unido e visou novamente o tráfego aéreo (leia aqui).
Confrontado com a descoberta dos explosivos no aeroporto de East Midlands o próprio primeiro-ministro inglês reconheceu a ameaça: "É preciso fazer tudo para trabalhar em colaboração com os nossos parceiros do mundo árabe e erradicar o cancro terrorista". Adiantou ainda que "a ameaça proveniente da Península Arábica, e do Iémen em particular, está em crescimento".
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E desta ameaça crescente resultam duas potenciais consequências para nós e para os nossos aliados:
Os Estados Unidos precisam de resolver urgentemente o atoleiro do Iraque de forma a conseguir libertar tropas. Só com o exército a postos nos quartéis americanos conseguem o EUA usufruir do efeito dissuasor. Enquanto mantiverem a guerra em duas frentes o sentimento de impunidade continuará presente.
Para a U.E. fica claro que tem que tratar de se unir na sua diversidade para conseguir proteger-se destas ameaças, nem que para tal necessite de recorrer ao jus belli, necessariamente enquadrado no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Esperamos que na próxima cimeira da NATO o dossier Iémen esteja em cima da mesa. Não tenhamos falsos predicados em recorrer à força para nos defendermos. Não se tratará de uma guerra contra aquele país já que o Estado do Iémen tem bastantes dificuldades em assegurar o controlo em algumas províncias – onde quem manda são os extremistas islâmicos. Se são insurgentes há que reconhecê-los como tal e tomar as devidas medidas. Os EUA estão muito ocupados em duas guerras… A Europa pode lançar mãos à obra e começar a recuperar o prestígio que teve no século XIX!

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