Depois da revolta popular na Tunísia e da revolta popular (?) no Egipto, voltemos agora a nossa atenção para o extremo oriente, mais concretamente para a fronteira sul da Tailândia, com o Cambodja.
Com efeito, esta fronteira não está plenamente definida, tendo havido disputas territoriais, aparentemente insignificantes (até devido à extensão em causa, cerca de 6 km) mas que criaram um conflito entre estes dois países, e que está a escalar tendo, segundo os jornais da Tailândia, já causado a morte a 64 soldados cambojanos, enquanto no Camboja jornais afirmam que há 30 vítimas mortais entre as forças tailandesas.
Apesar de ainda no dia 5 ser notícia por aqueles lados que se tinha alcançado o cessar-fogo, na manhã de ontem verificou-se novo tiroteio entre as forças de ambos os países, junto a um histórico templo hindu, que já foi danificado. Mais grave que isso será a situação de milhares de deslocados de ambos os lados que se viram forçados a abandonar as suas casas,
Estes países, em especial a Tailândia, são fundamentais para a estabilidade de uma área do globo, palco da parte quente da guerra-fria. A ofensiva tailandesa (o complexo em questão está há décadas sob soberania cambodjana, apesar de nunca reconhecida pela Tailândia) será em grande medida para consumo interno, de forma a obviar a tensão que ainda persiste, e que tinha eclodido em 2010, com militares na rua e governos a cair.
Não esqueçamos que muitos dos países do sudoeste asiático – Vietname, Laos, Cambodja (já para não falar da Birmânia) – não possuem democracias consolidadas, decorrência da influência política soviética e chinesa, pelo que um conflito pode por em perigo as frágeis instituições que se começavam a afirmar. Portugal que possui agora assento no Conselho de Segurança da ONU pode aproveitar a oportunidade para chamar a atenção da comunidade internacional para este conflito, reabilitando diplomaticamente a nossa influência de mais de cinco séculos naquela parte do globo.
Com efeito, esta fronteira não está plenamente definida, tendo havido disputas territoriais, aparentemente insignificantes (até devido à extensão em causa, cerca de 6 km) mas que criaram um conflito entre estes dois países, e que está a escalar tendo, segundo os jornais da Tailândia, já causado a morte a 64 soldados cambojanos, enquanto no Camboja jornais afirmam que há 30 vítimas mortais entre as forças tailandesas.
Apesar de ainda no dia 5 ser notícia por aqueles lados que se tinha alcançado o cessar-fogo, na manhã de ontem verificou-se novo tiroteio entre as forças de ambos os países, junto a um histórico templo hindu, que já foi danificado. Mais grave que isso será a situação de milhares de deslocados de ambos os lados que se viram forçados a abandonar as suas casas,
Estes países, em especial a Tailândia, são fundamentais para a estabilidade de uma área do globo, palco da parte quente da guerra-fria. A ofensiva tailandesa (o complexo em questão está há décadas sob soberania cambodjana, apesar de nunca reconhecida pela Tailândia) será em grande medida para consumo interno, de forma a obviar a tensão que ainda persiste, e que tinha eclodido em 2010, com militares na rua e governos a cair.
Não esqueçamos que muitos dos países do sudoeste asiático – Vietname, Laos, Cambodja (já para não falar da Birmânia) – não possuem democracias consolidadas, decorrência da influência política soviética e chinesa, pelo que um conflito pode por em perigo as frágeis instituições que se começavam a afirmar. Portugal que possui agora assento no Conselho de Segurança da ONU pode aproveitar a oportunidade para chamar a atenção da comunidade internacional para este conflito, reabilitando diplomaticamente a nossa influência de mais de cinco séculos naquela parte do globo.
Antes de terminar fica a nota que vai surgir um novo país em África – conforme já tínhamos previsto aqui, o resultado do referendo no Sudão do Sul foi claramente pela independência, o que, caso Cartum reconheça, dará origem ao mais novo Estado, pondo fim a um conflito de há décadas e abrindo uma janela de oportunidade para outras regiões martirizadas, como o Darfur.
Uma palavra final para o Dr. Carlos: no nosso último post imputamos-lhe uma opinião que ele não tinha relativamente à revolta egípcia. Pelo lapso, a gerência apresenta as suas desculpas.
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