A mais bela, a mais pura e a mais duradoura glória literária de prosa da blogosfera

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terça-feira, 8 de junho de 2010

O Horror, o Drama, a Tragédia! – de Portugal n’ este ano da Graça de 2010



Depois da subida da taxa Euribor (que há cerca de dois anos lançaram o pânico em muitas famílias) e da subida do preço da gasolina, depois da descida daquela taxa (que estragou a vida a quem poupa), depois do aumento de impostos, da vitória do PS nas legislativas e das manif’s da CGTP, uma nova desgraça assola o nosso país e as famílias portuguesas.
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Não se deixe o leitor enganar… Esta não é mais uma desgraça – é, arrisco a dizer, a desgraça! Um horror sem precedentes: os pais correm com os braços no ar, clamando pela misericórdia divina, os filhos berram desesperados, o cão foge assustado e o gato persegue o cão enquanto o periquito comete suicídio. Falo, como o leitor já terá certamente percebido, das vuvuzelas.
Esse instrumentozinho irritante enerva de sobremaneira este vosso amigo. Agora, graças a uma empresa nacional com um nome parecido com golpe, muitos portugueses possuem aquele instrumento do demónio e a ele sucumbem.
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O inocente cidadão, no momento em que coloca a sua mão naquela invenção mefistofélica fica possesso por espíritos maus, e, tornando-se um otário, enche os pulmões, põe os seus beiços na extremidade do aparelho e expira com toda a sua força. Ora esta cadeia de acontecimentos é apta a provocar um som infernal que se espalha por toda a vizinhança para desespero dos seus concidadãos, especialmente ao SÁBADO DE MANHÃ!
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Neste Opinador somos pela liberdade… Mas espero que todos os doutos opinantes me secundem neste desespero! Há que impedir que estas pessoas fiquem impunes. Sendo este vosso amigo um pessimista antropológico, crê que uma vez tocada a vuvuzela, a alma do tocador fica conspurcada de imbecilidade e nunca mais poderá voltar à sua condição dócil de cidadão cumpridor da lei.
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Assim, e dado aqueles estarem perdidos, sugere-se o seguinte a todos os leitores que tenham nas suas terras tocadores de vuvuzelas, por forma a eliminar este problema em quatro simples passos:
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Passo Primeiro – Vão para os bosques (ou, se na cidade, para as lojas de bricolage) e reúnam a maior quantidade de lenha seca que consigam.
Passo Segundo – Peguem na lenha reunida e dirijam-se para uma praça ampla da vossa freguesia (o adro da igreja pode ser uma boa solução). Uma vez lá façam montinhos de número igual aos tocadores das vuvuzelas.
Passo Terceiro – organizem uma milícia, irrompam pelas propriedades dos tocadores de vuvuzelas e prendam-nos.
Passo facultativo – Após a detenção, se fordes dos leitores mais sádicos, recomenda-se uma pequena sessão de tortura aos “vuvuzadores”. Há métodos muito engraçados que permitirão umas horas bem passadas até para os mais pequenos (a inquisição espanhola pode dar boas dicas). Porém, não vale tocar-lhes vuvuzelas aos ouvidos: ninguém merece!
Passo Quarto – Dirija-se para a praça escolhida, coloque cada vuvuzador no seu respectivo montinho e faça uma fogueira. Enfie-lhes a vuvuzela num olho (admito que pensei num sítio melhor para o efeito mas a minha educação e pudor não mo permite revelar) e afaste-se porque é capaz de ficar calor.
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Feitos estes quatro passos, reúna a família e os amigos e assista ao bonito espectáculo. Será concerteza uma tarde bem passada – e à noite dormirá melhor, sabendo que no dia seguinte não será acordado por nenhum imbecil que decidiu apoiar a selecção às nove horas da manhã de sábado, através da emissão de barulhos satânicos provenientes de uma gaita de origens ignoradas.
E mais uma vez se prestou um serviço público relevantíssimo – para quando a minha comenda?
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Por fim deixamos uma reflexão: para que raio necessita o gabinete do Sr. Primeiro-ministro de 12 (doze) motoristas? Não acredita? Pois vamos contar?
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São eles: António José Oliveira Figueira, Rui Manuel Alves Pereira, Vítor Manuel Gomes Martins Marques Ferreira, Augusto Lopes de Andrade, Arnaldo de Oliveira Ferreira, Jorge Martins Morais, Jorge Orlando Duarte Vouga, Jorge Henrique dos Santos Teixeira da Cunha, José Duarte Barroca Delgado, Manuel Benjamim Pereira Martinho, Horácio Paulo Pereira Fernandes e Custódio Brissos Pinto.
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Pensando nisto, mais carros e gasóleo vemos que a tetinha do Estado ainda tem leitinho para dar… Consulte aqui.

1 comentário:

M. Pompadour disse...

E agora pensa: os jogos vão ser transmitidos nas horas frescas de fim da manhã-início de tarde. :| Se realmente os vuvuzeladores se lebrarem de cumprir o minuto de energia positiva eu espeto qualquer coisa em qualquer sitio daquele sul africano q aparece todos os dias aos saltos na tv a explicar como raio se sopra na gaita!