A mais bela, a mais pura e a mais duradoura glória literária de prosa da blogosfera

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terça-feira, 1 de junho de 2010

Israel a Banhos (de Sangue)

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Começamos por dar as boas-vindas ao 5.º Opinador – o Dr. Costa. A ele deseja-se boa estadia neste fofo veludo. Os posts d’ Opinador ficam pois, ó leitor, da seguinte forma (tendencial):
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Segunda-feira – Madame de Pompadour
Terça-feira – Lord Nelson
Quarta-feira – Dr. Carlos
Quinta-feira – Lord Nelson
Sexta-feira – Ahimsa
Sábado – Dr. Carlos
Domingo – Dr. Costa

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Agora e recorrendo à adivinhação deixo aqui um boneco para o leitor amigo se orientar neste mar opinativo:
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Quanto ao post:
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Antes de mais devo dizer que sempre fui da opinião que o Estado de Israel tem direito a existir, tal como o Estado Palestiniano. Também já se passaram demasiados séculos e demasiado sangue foi derramado para saber quem tem ou não razão – se é que isso se pode chegar alguma vez a saber. Além do mais essa discussão é uma geradora de violência. Assentemos pois nisto – ambos têm que existir, e ambos têm que co-existir.
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Como em tudo, também no mais recente incidente (leia a notícia aqui) existem duas versões: de um lado os inofensivos activistas carregados de comida atacados pelos sanguinários judeus, do outro os ameaçadores apoiantes de terroristas a invadirem águas de Israel para apoiar o inimigo. A verdade andará no meio, mas o que é certo é que 19 pessoas morreram e a versão israelita é um pouco difícil de “engolir”.
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Assim, os israelitas dizem que pediram informações, identificaram-se como marinha de guerra mas mesmo assim foram atacados, já os activistas afirmam que iam muito descansados na sua vida, em águas internacionais quando a marinha israelita ataca sem dizer “água vai” por um lado ou por outro – massacre houve.
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E esse é o facto mais grave que desautoriza o Estado Israelita perante a comunidade internacional, mesmo entre as opiniões públicas dos países mais amigáveis.
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De uma coisa tenham a certeza – esta estratégia de “shoot first, ask later” seguida pelo exército israelita enferma de imbecilidade por dois motivos – primeiro pelo erro valorativo de onde parte e segundo porque só vai contribuir para uma escalada de violência que irá resultar em mais mortes e um maior distanciamento da Paz. A única forma de minimizar os estragos terá de passar necessariamente por um pedido de desculpas oficial e um processo de inquéito que garanta que os autores deste vil acto são responsabilizados.
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Independentemente de estarem em águas internacionais ou territoriais, nada justificava o massacre de 19 pessoas num acto cruel e bárbaro. Tudo isto prova uma coisa que se tem vindo a dizer há imenso tempo: a formatação do indivíduo em ambiente militar, eliminando o seu sentido crítico, é nociva, degradante da condição da pessoa humana e pode levar a resultados pouco felizes m consequência do acatamento cego de ordens.
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P.S. – Sim já sabemos, lá se foi a paridade n’ Opinador.


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