Mais uma vez tardiamente, mas finalmente – o Diário de Notícias noticia que o Governo irá acabar com a disciplina de Área Projecto e Estudo Acompanhado nas escolas. O leitor, porventura, estará a pensar que tal decisão assentaria na inutilidade desta disciplina para o conhecimento dos alunos. Com efeito, já por algumas vezes tivemos ocasião de o afirmar: o currículo dos alunos no ensino básico é demasiado extenso no número de disciplinas existentes e, portanto, demasiado disperso. Disperso no péssimo sentido – somos o ensino da Europa que dedica menos horas à aprendizagem da língua materna e matemática. Então não sabemos escrever e fazer contas? E depois? Vem algum mal ao mundo por causa disso? Nenhum, estimado leitor: não é, por isso, de estranhar que os alunos chegados aos exames nacionais que simbolizam o culminar de um longo processo de aprendizagem, falhem miseravelmente a estas disciplinas. Tal não é mais do que o produto duma educação desadequada, dispersa em torno do acessório e não concentrada no essencial.
Dito isto – e regressando ao início da nossa exposição – seria normal pensar que o Governo teria em conta todas estas considerações e circunstâncias para fundamentar a sua decisão de terminar com a Área Projecto e o Estudo Acompanhado. Mas, ó ingenuidade, ó inocência, nada de mais errado – o Governo toma esta decisão baseado no aperto orçamental: na inevitabilidade. Isto demonstra bem a falta de princípios e regras claras que guiam e orientam o sistema educativo português em que as medidas benéficas são tomadas, não por um raciocínio abstracto, mas pelas circunstâncias que se nos impõem. Não se conhece um plano definido, ideias balizadas, estratégia assente – navega-se somente consoante o sopro do vento, isto é, aquilo que as contingências do Orçamento vão permitindo: enquanto o crédito permitir, esbanja-se dinheiro para cima da Educação mesmo que o poderoso e abundante jorro não produza qualquer tipo de efeitos. É assim Portugal: jorra-se dinheiro por todo o lado sem se importar com as consequências práticas desse investimento. Não será acaso do destino que Portugal apresenta uma percentagem semelhante aos países mais desenvolvidos do Mundo no que toca à relação PIB/investimento em educação. O resultado desse investimento é que está colocado ao nível dos países menos desenvolvidos do mundo.
A falta de zelo e a ineficiente gestão dos dinheiros públicos são um problema grave do País – enquanto o crédito permitir, o Governo jorra dinheiro sobre o país, independentemente do efeito multiplicador desse investimento. É sobre as prestações sociais: em que as pessoas poderiam ter mais de 100.000 euros nas suas contas bancárias e, ainda assim, receber apoios do Estado, para indignação da Esquerda mais radical que acha que estes apoios são indispensáveis ao bem-estar destas pessoas. É sobre a economia: em que se jorraram milhões de euros sobre empresas inevitavelmente condenadas à falência sem qualquer tipo de critério, votados depois ao desperdício. É sobre as empresas e institutos públicos: em que se jorram milhões de euros para sustentar parasitas dos partidos. É no turismo: onde os Açores gastaram milhão e meio de euros para a realização da cerimónia das Sete Maravilhas.
O motivo por detrás de todas estas operações é simples: para adular o Povo! Sim! Porque o Povo que tem mais de 100.000 euros na conta bancária fica maçado se lhe retiram o apoio social! E então o Governo garante a permanente adulação do povo.
O leitor quer um exemplo claro? O Sr. Mário Nogueira, da FENPROF, confrontado com o fim da Área Projecto e do Estudo Acompanhado logo se referiu a 5.000 professores que dependiam desta disciplina. Ora cá está o problema de Portugal fatalmente colocado: a dependência. Não se pensa que a escola deve servir os alunos, para que estes adquiram conhecimentos: pensa-se na escola para colocar professores que de nada servem à aprendizagem dos alunos. O Sr. Mário Nogueira quando questionado não argumenta com a utilidade da Área Projecto e o Estudo Acompanhado para o potenciar das capacidades dos alunos e da escola portuguesa – o que V. Ex.ª faz é pedinchar sem desfiar qualquer tipo de argumento para que o Governo lhe estenda a moeda! Mas é compreensível que V. Ex.ª o faça – é que essa estratégia já resultou uma vez.
Dito isto – e regressando ao início da nossa exposição – seria normal pensar que o Governo teria em conta todas estas considerações e circunstâncias para fundamentar a sua decisão de terminar com a Área Projecto e o Estudo Acompanhado. Mas, ó ingenuidade, ó inocência, nada de mais errado – o Governo toma esta decisão baseado no aperto orçamental: na inevitabilidade. Isto demonstra bem a falta de princípios e regras claras que guiam e orientam o sistema educativo português em que as medidas benéficas são tomadas, não por um raciocínio abstracto, mas pelas circunstâncias que se nos impõem. Não se conhece um plano definido, ideias balizadas, estratégia assente – navega-se somente consoante o sopro do vento, isto é, aquilo que as contingências do Orçamento vão permitindo: enquanto o crédito permitir, esbanja-se dinheiro para cima da Educação mesmo que o poderoso e abundante jorro não produza qualquer tipo de efeitos. É assim Portugal: jorra-se dinheiro por todo o lado sem se importar com as consequências práticas desse investimento. Não será acaso do destino que Portugal apresenta uma percentagem semelhante aos países mais desenvolvidos do Mundo no que toca à relação PIB/investimento em educação. O resultado desse investimento é que está colocado ao nível dos países menos desenvolvidos do mundo.
A falta de zelo e a ineficiente gestão dos dinheiros públicos são um problema grave do País – enquanto o crédito permitir, o Governo jorra dinheiro sobre o país, independentemente do efeito multiplicador desse investimento. É sobre as prestações sociais: em que as pessoas poderiam ter mais de 100.000 euros nas suas contas bancárias e, ainda assim, receber apoios do Estado, para indignação da Esquerda mais radical que acha que estes apoios são indispensáveis ao bem-estar destas pessoas. É sobre a economia: em que se jorraram milhões de euros sobre empresas inevitavelmente condenadas à falência sem qualquer tipo de critério, votados depois ao desperdício. É sobre as empresas e institutos públicos: em que se jorram milhões de euros para sustentar parasitas dos partidos. É no turismo: onde os Açores gastaram milhão e meio de euros para a realização da cerimónia das Sete Maravilhas.
O motivo por detrás de todas estas operações é simples: para adular o Povo! Sim! Porque o Povo que tem mais de 100.000 euros na conta bancária fica maçado se lhe retiram o apoio social! E então o Governo garante a permanente adulação do povo.
O leitor quer um exemplo claro? O Sr. Mário Nogueira, da FENPROF, confrontado com o fim da Área Projecto e do Estudo Acompanhado logo se referiu a 5.000 professores que dependiam desta disciplina. Ora cá está o problema de Portugal fatalmente colocado: a dependência. Não se pensa que a escola deve servir os alunos, para que estes adquiram conhecimentos: pensa-se na escola para colocar professores que de nada servem à aprendizagem dos alunos. O Sr. Mário Nogueira quando questionado não argumenta com a utilidade da Área Projecto e o Estudo Acompanhado para o potenciar das capacidades dos alunos e da escola portuguesa – o que V. Ex.ª faz é pedinchar sem desfiar qualquer tipo de argumento para que o Governo lhe estenda a moeda! Mas é compreensível que V. Ex.ª o faça – é que essa estratégia já resultou uma vez.
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