A mais bela, a mais pura e a mais duradoura glória literária de prosa da blogosfera

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terça-feira, 4 de maio de 2010

A Euro-Alemanha

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Venha o leitor para o nosso lado nesta primeira parte do nosso post para dar as boas vindas ao mais recente elemento d’ Opinador. Assim juntinhos damos todos as boas-vindas a Ahimsa, a primeira opinante da História. A ela desejamos muitos posts critativos para nosso deleite. Recline-se n' Opinador e toca a opinar!
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Dadas as boas vindas, pede-se ao leitor que se chegue para lá. Passando ao tema de hoje:
Das Führer
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A Grécia lá vai receber os € 110.000.000.000 para sair da crise. Tal não é grande surpresa dado grande parte da banca europeia – que faz um poderoso lobbiyng junto de todas as instituições – ter naquele país muito dinheiro empatado (Portugal incluído). A Alemanha andou reticente mas lá acabou por enviar a sua contribuição. Contribuição? Não. Preço… A Alemanha comprou a Europa por 100.000.000.000 de euros, muitos dos quais até nem foram pagos por ela. Passamos a explicar e permita-nos, ó leitor, uma introdução histórica:
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Consta-se que certa vez, Henry Kissigner, secretário de Estado dos EUA para os assuntos externos terá perguntado em jeito de graça, qual era o número para ligar para a Europa. Era graça pois na altura – como até há bem pouco tempo – a Europa estava dividida internamente, orbitando as suas dezenas de nações em redor de quatro eixos distintos – Moscovo, Berlim, Londres e Paris – e algumas dessas nações rodando sobre o seu próprio eixo como Portugal – orgulhosamente só!

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Ora o tempo foi passando e Moscovo foi engolida pelo capitalismo. A desagregação do monstro soviético obliterou o poder daquele bloco e fez a Rússia sair da primeira liga da cena internacional.
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Mantinham-se os outros três – Berlim, Londres e Paris – a lutar pela supremacia dentro da velha Europa, cada vez mais unida na sua União – perdoe-nos a redundância.
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Com a crise das finanças gregas, parece termos chegado por fim à conclusão de qual dos eixos faz girar a Europa – a Alemanha provou ter na mão a Grécia – e por igualdade de razão a Irlanda, a Espanha e Portugal. Quando há decisões importantes a tomar quem verdadeiramente risca é a Sra. Merkel. Paris secunda as decisões de Berlim, por não ter força própria; Londres ignora o que se passa nos seus vizinhos europeus por apenas ter forças para os seus combates internos.
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Todos os líderes europeus – de Barroso a Sarkozy – rastejavam aos pés da Chanceler alemã para não bloquear o processo e destruir a Europa: se isto não é ter poder, não sabemos o que é ter poder.
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Concluí-se assim que, apesar de a conduta alemã ter aumentado o problema orçamental grego arrastando o processo negocial e tendo feito disparar a dívida, parece-nos que 100.000.000.000 de euros pela União Europeia é um bom negócio (mesmo em tempos de crise do sector imobiliário) - e ainda levam a Amadora de graça!
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Assistimos assim ao domínio germânico da Europa – desta vez político-económico e não político-militar. Caso para perguntar se estaremos perante um IV Reich? Apesar de termos ainda por lá o Dr. Durão Barroso a dar um ar que os países do sul ainda contam para alguma coisa – para as dívidas acrescentámos nós.


P.S. – Aos nossos leitores fieis: Por motivos profissionais (sobretudo) passamos a escrever apenas às terças e quintas. Esperamos falar menos mas mais acertado!

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