A mais bela, a mais pura e a mais duradoura glória literária de prosa da blogosfera

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domingo, 2 de janeiro de 2011

Três



Não sei o que é o Amor. Só sei que o Amor é isto.

Desde pequenos que ouvimos infinitas vezes a história da princesa que busca incessantemente o seu príncipe encantado e que, como que movida por artes mágicas, o encontra miraculosamente. A narrativa termina sempre da mesma forma: “casaram-se e viveram felizes para sempre”. Já mais crescidos somos inundados de conversas a propósito da alma-gémea. Será que ela existe? Será que existe mesmo algures no cosmos um ser (pré)destinado a todos e a cada um de nós? Queremos crer que sim, independentemente das escolhas e trilhos que decidamos percorrer. Porque, no mais íntimo de nós, sabemos que o cerne da felicidade reside na existência do amor. O amor dos pais, dos irmãos, dos amigos é importante para podermos viver uma vida tranquila e feliz. Mas o amor daquele que nos traz um sentimento de completude e de partilha infinita é diferente, bem sabemos que o é. Desde o início dos tempos que o é e sempre o será. De todas as vezes que nos apaixonamos, sentimos a nossa alma invadida pelas interrogações: será este aquele, o tal? Julgamos inevitavelmente que sim até vermos tudo desmoronar porque sim ou porque não tinha que ser. Com o coração estilhaçado, longas são as noites que atravessamos até conseguirmos colar todos os cacos, um a um, enquanto ganhamos a coragem necessária para voltar a enfrentar o mundo lá fora, aquele mesmo que nos levou alguém que partiu sem sequer olhar para trás. E voltamos a tentar e voltamos a falhar e tentamos novamente, melhor, e falhamos novamente, melhor. Segundo um estudo publicado esta semana, para sermos felizes precisamos, acima de tudo e de qualquer coisa, de termos alguém a nosso lado que amemos e que nos ame. Pode não ser um dogma, mas sabemos que, quer por nos terem ensinado desde tenra idade que isso seria o normal curso da vida, quer por a nossa própria natureza o exigir, sempre será assim. Imbuídos por tudo isto, deixamos fluir a nossa existência. Até que ele, via de regra, chega. E correndo o risco de expor o meu romantismo incurável, desde o primeiro momento em que ele vem ao nosso encontro, sabemos que é ele. O tal príncipe das histórias, o tal que, segundo os mil e um estudos científicos, ficará a nosso lado e nos permitirá afirmar que somos indubitavelmente felizes. E, apesar de todos os receios que possam invadir por instantes a nossa mente ou dos conflitos normais decorrentes de uma relação entre seres humanos, a cada dia que passa, cada vez mais teremos a certeza que somos abençoados só porque ele existe e está mesmo a nosso lado, sorrindo.


É só porque existes e porque me dás a mão enquanto me olhas e me adivinhas o coração que todas as palavras que escrevo fazem sentido. Estou rendida à tua determinação, coragem, ambição e ao coração raro e grandioso que possuis. Fazes-me tão feliz que eternidade é o que te respondo quando me pedes para temporalizar o amor que sinto. Desde aquele momento, aquele em que me pediste o meu coração, dando em troca o teu, que agradeço aos céus por saber o verdadeiro significado de “nós”. Que o lar que já é nosso possa ser o espelho deste amor que cresce mais e mais a cada dia que passa e que nos torna um só. Obrigada por me teres oferecido o mais profundo de ti. A tua alma.

Eras a palavra que faltava aos meus textos. Encantadamente tua.

Não sei o que é o Amor. Só sei que o Amor é isto.

1 comentário:

McCh disse...

:) Apenas tu me serves momentos dignos de registo como este, obrigado.
::. Amar-te é apenas uma palavra vulgar, que nao chega a resumir sequer o sentimento que tens para mim.::
Continua a ser aquilo que és,mantem a tua luta, o teu amor!!
::.Love u

Como sempre: http://www.youtube.com/watch?v=_VTY8ftr1vY&feature=related