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Em conversa com um leitor deste blog foi-nos sugerido que de vez em quando falássemos sobre inutilidades engraçadas que são para a maioria dos mortais desconhecidas… (e aqui se revela o nosso lado snob).
Em conversa com um leitor deste blog foi-nos sugerido que de vez em quando falássemos sobre inutilidades engraçadas que são para a maioria dos mortais desconhecidas… (e aqui se revela o nosso lado snob).
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Assim e porque até gostamos da ideia que se atreveram a sugerir-nos, vimos hoje falar da história desta expressão: Fino [ou Esperto] como o Alho. Decerto o amigo leitor já a ouviu e talvez a utilize. Mas sabe a sua origem?
Assim e porque até gostamos da ideia que se atreveram a sugerir-nos, vimos hoje falar da história desta expressão: Fino [ou Esperto] como o Alho. Decerto o amigo leitor já a ouviu e talvez a utilize. Mas sabe a sua origem?
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Pois bem, corria o longínquo ano da Graça de 1353 quando os homens bons, mercadores e marinheiros portugueses estabeleceram com o Rei Eduardo III de Inglaterra e França um tratado válido por 50 anos que permitia comércio livre em todas as cidades e vilas bem como direitos de pesca nas costas da Inglaterra e Bretanha. Ao contrário do que sucederia mais tarde, especialmente no Tratado de Methuen (que levou o nome do representante inglês que foi mais fino que os responsáveis portugueses), aquele acordo revelar-se-ia benéfico para os interesses nacionais visto ter permitido escoar a excedentária produção nacional.
Pois bem, corria o longínquo ano da Graça de 1353 quando os homens bons, mercadores e marinheiros portugueses estabeleceram com o Rei Eduardo III de Inglaterra e França um tratado válido por 50 anos que permitia comércio livre em todas as cidades e vilas bem como direitos de pesca nas costas da Inglaterra e Bretanha. Ao contrário do que sucederia mais tarde, especialmente no Tratado de Methuen (que levou o nome do representante inglês que foi mais fino que os responsáveis portugueses), aquele acordo revelar-se-ia benéfico para os interesses nacionais visto ter permitido escoar a excedentária produção nacional.
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O responsável do lado português, procurador daqueles interessados, foi um mercador portuense, ao que consta oriundo da Sé ou da Ribeira, chamado Afonso Martins Alho que se deslocou a Londres para negociar directamente com o Rei Eduardo III de Inglaterra este acordo que viria a ser assinado em Julho de 1353 no castelo de Windsor.
O responsável do lado português, procurador daqueles interessados, foi um mercador portuense, ao que consta oriundo da Sé ou da Ribeira, chamado Afonso Martins Alho que se deslocou a Londres para negociar directamente com o Rei Eduardo III de Inglaterra este acordo que viria a ser assinado em Julho de 1353 no castelo de Windsor.
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Por ter conseguido tão favorável tratado, Afonso Martins Alho conseguiu cair nas boas graças dos seus conterrâneos que lhe deram fama de negociador astuto, criando aquela expressão que nós ainda hoje utilizamos.
Por ter conseguido tão favorável tratado, Afonso Martins Alho conseguiu cair nas boas graças dos seus conterrâneos que lhe deram fama de negociador astuto, criando aquela expressão que nós ainda hoje utilizamos.
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Da próxima vez que o amigo leitor usar tal expressão lembre-se desta história que dá um excelente desbloqueador de conversas em longas viagens de elevador. De referir também que a variante “Esperto como um alho” está errada porque Alho em Windsor só houve um, o Afonso Martins e mais nenhum.
Da próxima vez que o amigo leitor usar tal expressão lembre-se desta história que dá um excelente desbloqueador de conversas em longas viagens de elevador. De referir também que a variante “Esperto como um alho” está errada porque Alho em Windsor só houve um, o Afonso Martins e mais nenhum.
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Com isto me despeço de vós. Até para a semana!
Com isto me despeço de vós. Até para a semana!
1 comentário:
Fascina-me a tua cultura Nelson... x) Mas para mim nada bate a história da unha grande do dedo mindinho que peço encarecidamente que partilhes com o comum mortal para seu amusement. :D
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