Longe vão os tempos em que a poderosa União Soviética apontava o dedo acusador às potências imperialistas, acusando-as de todo o mal existente no mundo, incluindo aquele que existia nas suas fronteiras.
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Porém, os tempos mudam e os homens passam… E actualmente, a Federação Russa, ainda com males nas suas fronteiras mas já liberta da foice e do martelo, porém ainda inundada em vodka já não tem coragem para acusar de frente os grandes poderes do mundo, preferindo incomodar pequenas nações como a Geórgia (para o leitor mais desatento, a Geórgia é um pequeno país, saído da desagregação soviética, que fica ali no Cáucaso e está pintada de azul, tendo pouco mais de quatro milhões de habitantes).
Porém, os tempos mudam e os homens passam… E actualmente, a Federação Russa, ainda com males nas suas fronteiras mas já liberta da foice e do martelo, porém ainda inundada em vodka já não tem coragem para acusar de frente os grandes poderes do mundo, preferindo incomodar pequenas nações como a Geórgia (para o leitor mais desatento, a Geórgia é um pequeno país, saído da desagregação soviética, que fica ali no Cáucaso e está pintada de azul, tendo pouco mais de quatro milhões de habitantes).
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Na sequência dos recentes atentados em Moscovo, o Sr. Patrushev, que dirige a organização sucessora do KGB, acusa aquela pequena república de estar a orquestrar essa onda de terror. Citemo-lo, em inglês na tradução do londrino The Times:
Na sequência dos recentes atentados em Moscovo, o Sr. Patrushev, que dirige a organização sucessora do KGB, acusa aquela pequena república de estar a orquestrar essa onda de terror. Citemo-lo, em inglês na tradução do londrino The Times:
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“For example, there is Georgia and the leader of that state, Saakashvili, whose behaviour is unpredictable,” (...) “He has already unleashed war once. It is possible that he may unleash it again. We have had information that individual members of Georgian special forces support contacts with terrorist organisations in the Russian North Caucasus.”
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Atitudes destas necessitam de muita, mas mesmo muita lata. Para além do facto de não se mostrar qualquer prova à Comunidade Internacional destas acusações, feitas para o ar, elas provêm de um país que tem militares a ocupar duas províncias georgianas.
Atitudes destas necessitam de muita, mas mesmo muita lata. Para além do facto de não se mostrar qualquer prova à Comunidade Internacional destas acusações, feitas para o ar, elas provêm de um país que tem militares a ocupar duas províncias georgianas.
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Quem ainda se lembra da Guerra na Ossétia do Sul no ano de 2008? Nesse conflito a Russia, imbuída de um espírito libertador dos povos oprimidos (ou a nosso ver desejosa de renovar a sua autoridade sobre o Cáucaso que se está a deteriorar por causa da orientação pró-Ocidental das elites georgianas) avança com os seus blindados sobre aquela pequena nação, à revelia das Nações Unidas.
Quem ainda se lembra da Guerra na Ossétia do Sul no ano de 2008? Nesse conflito a Russia, imbuída de um espírito libertador dos povos oprimidos (ou a nosso ver desejosa de renovar a sua autoridade sobre o Cáucaso que se está a deteriorar por causa da orientação pró-Ocidental das elites georgianas) avança com os seus blindados sobre aquela pequena nação, à revelia das Nações Unidas.
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Ainda hoje, no 1.º de Abril do ano da Graça de 2010 continua a ocupar essas regiões, marimbando-se para o que as Nações Unidas dizem.
Ainda hoje, no 1.º de Abril do ano da Graça de 2010 continua a ocupar essas regiões, marimbando-se para o que as Nações Unidas dizem.
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A verdade é que a Rússia ainda longe da democracia liberal, tem dificuldade em lidar com a autonomia que cada povo reclama. Não consegue compreender que o imperialismo político centralizado em Moscovo já pertence às prateleiras da História e procura segurar com mão de ferro a meia dúzia de sítios que, depois da queda do Muro de Berlim, não a conseguiram mandar à fava.
A verdade é que a Rússia ainda longe da democracia liberal, tem dificuldade em lidar com a autonomia que cada povo reclama. Não consegue compreender que o imperialismo político centralizado em Moscovo já pertence às prateleiras da História e procura segurar com mão de ferro a meia dúzia de sítios que, depois da queda do Muro de Berlim, não a conseguiram mandar à fava.
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Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Checoslováquia, Roménia, Bulgária, Hungria e Alemanha Oriental conseguiram a sua independência e após processos mais ou menos conturbados de democratização, estão hoje integradas na União Europeia, vivendo em paz e com mercados livres.
Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Checoslováquia, Roménia, Bulgária, Hungria e Alemanha Oriental conseguiram a sua independência e após processos mais ou menos conturbados de democratização, estão hoje integradas na União Europeia, vivendo em paz e com mercados livres.
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A Geórgia, apesar de mais a leste, dá sinais de querer também mudar de esfera de influência – pretende entrar na NATO e já se fala num potencial estatuto com a UE, talvez semelhante ao do Montenegro. É por isto que a Rússia tanto se incomoda com aquela pequena faixa de terra – não suporta que a Europa comece nas suas fronteiras.
A Geórgia, apesar de mais a leste, dá sinais de querer também mudar de esfera de influência – pretende entrar na NATO e já se fala num potencial estatuto com a UE, talvez semelhante ao do Montenegro. É por isto que a Rússia tanto se incomoda com aquela pequena faixa de terra – não suporta que a Europa comece nas suas fronteiras.
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Dos Europeus espera-se que não ignorem quem lhes estende a mão. A Rússia actualmente só é forte com os fracos: invade a Geórgia; mas a Ucrânia, que já é maior e mete mais respeito, o mais longe que vai é cortar o gás, numa atitude que lembra o miúdo gordo da nossa rua que era dono da bola e que quando se zangava levava a bola com ele…
Dos Europeus espera-se que não ignorem quem lhes estende a mão. A Rússia actualmente só é forte com os fracos: invade a Geórgia; mas a Ucrânia, que já é maior e mete mais respeito, o mais longe que vai é cortar o gás, numa atitude que lembra o miúdo gordo da nossa rua que era dono da bola e que quando se zangava levava a bola com ele…
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Esperando que esta crise que se avizinha não dê em nada, e que nós logremos expandir a nossa esfera de influência, despedimo-nos do amigo leitor, desejando um dia das mentiras que calha no muitíssimo apropriado mês de Abril (eis uma piada às direitas!).
Esperando que esta crise que se avizinha não dê em nada, e que nós logremos expandir a nossa esfera de influência, despedimo-nos do amigo leitor, desejando um dia das mentiras que calha no muitíssimo apropriado mês de Abril (eis uma piada às direitas!).
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